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Magaly Pazello <[log in to unmask]>
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Mon, 28 Nov 2005 14:02:33 -0200
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Gustavo, obrigada por enviar o Prometeus.

Eu particularmente tenho uma visão diferente da sua sobre o processo e
os resutlados da CMSI tanto do ponto de vista das negociações entre os
Estados Membros como da participação e atuaçãod a sociedade civil, mas
não é o caso de divergir ou debater pois o Prometeus é um veículo de
informação do INDECS sobre o tema.

No entanto, como integrante da sociedade civil que lutou para que
representates das organizações não governamentais pudessem atuar em
Tunis durante a prepcom 3 gostaria de fazer  uma correção sobre a
informação que você envia, se você me permite, faço isso porque conheço
a qualdiade do seu trabalho e o esforço que foi acompanhar tudo isso.

> <file:///D:/Rascunhos/BoletimPrometheusEspecialTunis2005.html#chamada_5>
> [...]
> Isso ficou claro na baixa presença de representantes da sociedade
> civil durante a última PrepCom, realizada nos três dias imediatamente
> anteriores à CMSI. Porque para participar da Prepcom era necessário
> estar munido de um crachá azul, reservado apenas para as delegações
> nacionais. E a maior parte dos governos não cedeu este tipo de
> credenciamento à sociedade civil.


Não é certo que somente quem possuia o crachá azul podia participar da
precom 3, ela seguiu as mesmas regras de Genebra. O que havia era um
impedimento de espaço físico que inviabilizou inclusive que membros dass
delegações oficiais pudessem acompanhar todas as reuniões e negociações
na sala de plenária e nas salas dos Grupos de Trabalho. De fato muitos
representantes de governo ficavam do aldo de fora ou em pé. Isso foi umv
exame para o governo da Tunisia. Você chegou depois e não acompanhou
este processo.

> Sem poder participar das delegações oficiais e com pouca organização
> internacional (que conseguisse reunir os múltiplos interesses
> dispersos entre dezenas de ONGs e movimentos sociais) a sociedade
> civil terminou sendo um ator pouco ouvido no processo de construção da
> Agenda de Túnis.


Também não é certo. Nós fizemos nossos statements. Eu mesma falei em
plenária pela Caucus de Gênero no primeiro dia. O caucus de Governança
da Internet idem. O setor privado e agências da ONU também considerados
observadores como nós, tiveram o mesmo tempo de fala. TODAS as regras de
Genbra foram cumpridas rigorosamente e nós estavamos lá para que isso
fosse garantido. A Secretaria do Burô da Sociedade Civil trabalhou duro
para garantir que nosso tempo de fala fosse inclusive ampliado. Todas as
pessoas com crachás amarelos da sociedade civil que estavam envolvidas
com os caucus e grupos da sociedade civil puderam entrar nas salas e
acompanhar as negociações. O que houve, repito, foi uma limitação do
espaço físico assimc ada caucus e grupo se organizava para acompanhar e
negociar com os governos nossas posições.

Nossos pontos de vista e propsotas de texto foram mais ou menos
incorporadas porque sim eramos poucos em Tunis, como fomos muito poucos
em Genebra e menos ainda durante a intersessional. Porque as negociações
eram duras e os riscos de retorcessos enormes. E porque muito do texto
acordado era negociado a portas fechadas.

Mas do ponto de vista da linguagem de gênero, ainda que os resultados
tenham sido muito modeestos, conseguimos junto aos governos negociar um
parágrafo escrito por nós que foi considerado em sua íntegra no texto
final de Tunis. Não é um avanço mas demonstra que se tivessemos mais
pessoas envolvidas no processo de negociação poderiamos ter um texto
melhor. Os constrangimentos para participação todos nós conhecemos e um
processo em duas fases seguidas que dura já quatro anos é esgotante
tanto do ponto de vista da disponibilidade das pessoas como dos recursos
financeiros. Na minha opinião ainda há muito o que analisar sobre este
processo e aprendizagens a serem comprendidas no marco da CMSI.

Abraços,

Magaly

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