Instituto pede voz ao Estado e propõe reforma prisional Da Redação - 19/06/2006 20:08:26 |
A necessidade de uma reforma emergencial no sistema prisional no Espírito Santo tem sido
tema de debates em diversas instituições. Para a presidente do Instituto de Direitos Humanos Graça Aranha Tardin-Igrat, a jornalista Fernanda Tardin, o Estado precisa de união e respostas mais rápidas. O Espírito Santo tem aparecido no cenário nacional como um dos estados mais violentos do país. A situação alarmante da falta de vaga nos presídios é apontada por especialistas como o principal estopim para a crise. Segundo a presidente do Igrat, Fernanda Tardin, o governo do estado não pode ser considerado como o único culpado, mas tem a obrigação de investir em soluções eficientes. “O Igrat é composto por conselheiros, que são juristas, ex-diretores de presídios, dentre outros, que formam uma rede de estudiosos com o intuito de discutir a implementação de políticas para melhorias da
segurança. Uma dessas vertentes é justamente o fomento de políticas para o sistema prisional”, explicou. Conversas A presidente do Igrat explicou ainda que o Instituto já tentou uma parceria com o governo do Estado, mas até agora não obtive resposta. “Há dois anos nós iniciamos uma conversação com o Fernando Zardini (ex-secretário de Segurança), que ficou muito animado, mas depois ele saiu e tentamos continuar as discussões, porém não obtivemos resposta”, disse. De acordo com Fernanda Tardin, a idéia do Igrat, que já foi até solicitado para apresentar suas propostas ao governo do Mato Grosso, não é elevar o nome de uma instituição como ícone de luta pelos direitos humanos, mas sim, de promover a união da sociedade civil, empresários, governos, Justiça, Ong’s, enfim, o
maior número de pessoas possível para a promoção de resultados eficientes. Presos A polêmica da promoção de Direitos Humanos para apenados também é fator que merece destaque, segundo Fernanda Tardin. “O nosso objetivo não é fazer com que os presos tenham regalias, mas que eles possam ter o mínimo de condição para trabalhar, estudar e possam ser re-socializados realmente”, enfatizou. “Com medidas simples, como o investimento em educação dentro e fora dos presídios, a implantação de uma disciplina de Direitos Humanos para os estudantes de uma maneira geral, dentre outras, já poderiam, ao menos, minimizar essa violência”, reiterou. Benefícios Fiscais
Com o intuito de garantir um maior envolvimento da sociedade, principalmente dos empresários, Fernanda Tardin lembra que a legislação fiscal brasileira concede benefícios fiscais para aqueles que aceitam ajudar financeiramente os programas de re-socialização. “Aqueles que tiverem interesse no Estado podem procurar a nossa assessoria contábil, a qual está apta a fazer, inclusive, os cálculos referentes aos benefícios. O Igraf fica no Edfício Ames, no centro de Vitória e o telefone de contato é o 3235-5228”, concluiu. A presidente do Igraf informou ainda que o programa está procurando apoio também nos sites de relacionamento da Internet. Os interessados podem buscar outras informações na comunidade do Orkut “Reforma Prisional Já”. http://www.rededenoticias.com.br/entrevistas.php?id=31&kbps=128 |