Atenção, essa história é fato em juiz de Fora mas DEVERIA ser tratada como exemplo aos quatro cantos do Brasil.Afinal , quem ler essa matéria, vai certamente achar estar lendo artigo denuncia sobre sua cidade. Ou não?
A saída é pelo POVO, se acordar do processo PROPOSITAL que sofreu de aculturamento e manipulação.
 
 
 
 
Forte abraço,
 
Fernanda
 
 
 
 
 
Laerte Braga

O CASO BEJANI – UM ESCÁRNIO – PERGUNTAS SEM RESPOSTAS
 
 
Laerte Braga
 
 
A decisão do Tribunal Regional Federal em cima de uma firula jurídica e atendendo à defesa de um juiz preso por corrupção, que liberta esse juiz e estende a medida todos os envolvidos, inclusive o prefeito de Juiz de Fora, notório corrupto, sem nenhum compromisso com coisa alguma que não seja a propina, é um escárnio, coloca o Judiciário sob suspeita no mínimo de corporativismo e remete o processo que vai resultar desse inquérito em um a mais para mofar nos almoxarifados e escaninhos, nas pastas de um poder que por vários fatores tem sido cúmplice da corrupção.
 
Vale a pena ser corrupto no Brasil. Comprar mansões e iates com dinheiro roubado do povo. Fazendas, exercer toda a sem-vergonhice de alguém como Bejani, pois a Justiça garante a impunidade. Nenhum dos processos a que a figura responde chega ao fim tamanho o volume de interesses dos donos do “negócio”.
 
Há dias ouvi de um advogado que havia recomendado ao seu cliente contratar um escritório de advogados lobistas em Belo Horizonte, pois a parte contrária fizera isso. O que é advogado lobista? É aquele que percorre os gabinetes dos tribunais distribuindo gentilezas a juízes, desembargadores, ministros, ou levando, como os bancos fizeram, a passeios em resorts de alto luxo, para conseguirem decisões favoráveis não importa a natureza do crime e no caso de Bejani são crimes continuados de corrupção.
 
O mundo institucional, que dizem ser o da ordem, da lei, da democracia, está falido e o Poder Judiciário é cúmplice direto dessa falência. O clamor de milhões de cidadãos em todo o País por justiça não é ouvido. Os lobistas dos grandes grupos pisam tapetes dos tribunais, repletos de presentes e mimos.
 
Se um trabalhador roubar um pote de margarina numa padaria cumpre pena de três anos. Se Bejani roubar, basta empregar, como fez, o marido de uma juíza e pronto.
 
A Polícia Federal deve sentir-se lograda em todas essas operações contra a corrupção, a sonegação, desmanchadas pelo Poder Judiciário. Mas deve explicações, no caso de Bejani, para que não ofusque a imagem construída nesses últimos anos.
 
O dinheiro apreendido em casa do criminoso, por acaso prefeito, foi trazido a público, a quantia, como sendo de um milhão e poucos mil reais. Um especialista no assunto conta que seria desnecessária uma máquina de contar dinheiro para essa quantia. Manualmente alguém que não seja especialista contaria um milhão e pouco em no máximo meia hora. Há testemunhas oculares que afirmam que existiam trinta milhões na casa do criminoso, dito prefeito e para isso foi requerida a máquina de contar dinheiro. Esse fato precisa ser esclarecido.
 
É norma da Polícia Federal filmar contagens de dinheiros em apreensões assim para evitar desencontros e dúvidas. Isso deve ser tornado público sob pena de colocar em descrédito a operação, ainda mais quando o delegado da Regional de Juiz de Fora, no dia da prisão, falou publicamente em arma de uso exclusivo das polícias, com registro adulterado e isso é crime inafiançável e agora diz que não vai pedir a prisão do prefeito.
 
É outra pergunta a ser respondida, pois o prefeito, através de seus assessores, divulgou essa semana, depois da prisão, que “o problema não é a Federal de Juiz de Fora, está sob controle, o problema são os caras de fora”.
 
E a Câmara? A exceção dos vereadores José Sotter Figueiroa, que deu a cara a tapa desde o primeiro momento enfrentando a quadrilha, do vereador Bruno Siqueira e do vereador Flávio Cheker, todos os outros são da base do prefeito. A unanimidade constituiu a CPI. Manobra ou disposição de apurar os crimes do prefeito/bandido, bandido/prefeito?
 
As sessões terão que ser públicas, até o Congresso Nacional as faz assim, do contrário ficará a certeza que não passa de manobra e cabe ao movimento popular, à sociedade levar a todas as comunidades, por painéis, boletins, a cumplicidade de quem se omitir.
 
Há corrupção no caso da dragagem do Paraibuna, do lixo com a Queiroz Galvão envolvendo um procurador da FEAM (Fundação Estadual do Meio-ambiente), nas terceirizações, no desvio de verbas de saúde, educação, de tudo, pois tudo e por tudo e todos no governo Bejani é corrupção.
 
Nos gastos de publicidade, há denúncias de envolvimento do presidente da Câmara em obras suspeitas, enfim, a bandidagem solta e desmedida sob as bênçãos agora das firulas jurídicas do Tribunal Regional Federal.
 
Buscar o impedimento de um bandido que exerce a Prefeitura de uma cidade com tradição, com História de respeito, é o início de uma caminhada da sociedade civil organizada, movimento popular, sindicatos, forma de resgatar a dignidade dessa cidade e o ultraje cometido por um escroque contra seu povo. Bejani é um escroque.
 
E os processos intermináveis no Tribunal de Justiça de Minas? Como é que fica essa lentidão paquidérmica que mantém Bejani solto e prende quem rouba um pote de margarina?
 
As instituições estão falidas. Não servem ao interesse popular, não fazem cumprir nem a lei deles, foi feita por eles, tamanha a corrupção, tamanha a teia de podridão que permeia os poderes.
 
E o iate no nome de d. Nininha? A casa em Angra, em frente à ilha de Caras? O valor real do dinheiro em casa do bandido?
 
A libertação de Bejani é uma bofetada no povo, um escárnio, sugere cumplicidade e muitas perguntas precisam ser respondidas.
 
Quero o meu dinheiro de volta, em saúde, em educação, em proveito público e não enriquecendo bandidos como Bejani e os que o cercam, o grupo de empresários que está comprando Juiz de Fora, desmanchando e loteando a cidade.
 
Impedimento e cadeia para Bejani.
 
E um detalhe. O PC do B esteve, ou está no governo até a prisão, hoje apareceu nas manifestações com bandeiras e coisas assim, o que houve? Falo de Juiz de Fora.
 
E outro, a fraude de desvio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios está provada, as provas levantadas pela Polícia Federal são fartas e a Justiça pega uma firula e o corporativismo para colocar bandidos na rua.
 
Corremos os riscos das provas sumirem, pois esses bandidos são mágicos e sabem que têm onde encostar.
 
E o último. Vale a pena ser corrupto no Brasil, desde que se consiga roubar milhões, se for um pote de margarina vai para a cadeia.


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